Quando eu comentei sobre o episódio 03 de Death Parade, no final do post, deixei uma pergunta no ar, e prometi que iria responder quando a série acabasse. Com muito atraso (devido à problemas no pc), cá estou eu na tentativa de responder àquela pergunta. Qual foi o principal foco de Death Parade? O que ela quis dizer ao todo? Afinal, sobre o que era? Essas e outras perguntas agora no globo repórter ... érrr .... quer dizer, Nave Bebop ;)
Sim, eu sei que você não riu na piadinha do ''globo repórter'', me desculpem por essa gafe. LOL. Mas é que to fora do ritmo, por causa do tempo que estive afastada do blog. Então, desde já, peço perdão por futuros erros de português, e demais detalhes técnicos de escrita e dissertação, e também por futuras piadinhas que só tem graça na cabeça de um fã da zorra total. Sem mais delongas, vamos ao que interessa meu povão \o/
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Escrita e dirigida por Yuzuru Tachikawa, e serializada pelo estúdio Madhouse, Death Parade foi ao ar na temporada passada com 12 episódios, e teve como base o OVA Death Billiards. A premissa soa meio confusa, mas a ideologia é bem criativa e interessante. É assim. Quando duas pessoas morrem, elas vão se enfrentar num jogo e são obrigadas à apostar o futuro de suas ''vidas'' nessa brincadeira, tudo isso em um bar, que é na verdade uma espécie de ''purgatório''. E para que possamos criar algum vínculo com os personagens que estão se enfrentando, segredos sobre suas vidas são revelados aos poucos durante esse jogo, e ao final, o juiz Decim (o barman) dá o veredito final enviando suas almas para a reencarnação ou para o vazio.
Pra mim Death Parade foi ao todo, uma montanha russa. Certamente, não existe um termo melhor que defina, a jornada do anime durante todo o seu percurso. De momentos incrivelmente bons á momentos incrivelmente ruins, o anime seguiu uma risca de altos e baixos, mas que no fim das contas rendeu frutos consideravelmente razoáveis. Ou seja; compreensíveis. Mas longe de ser relevante no cenário de animes ''underground''. No entanto, no meio de uma temporada escassa, Death Parade soa como Death Note. Chego nessa conclusão por causa da ideia central ser genial e ao mesmo tempo curiosa e confrontadora, para mim, Death Parade quer passar o mesmo ar de ''coisa épica acontecendo'', e acredito que ele consegue. Mas na hora do ''vamo vê'', a situação é outra. Em alguns episódios, ele consegue sim atingir o seu ápice de plenitude, e em outros, consegue atingir o seu auge de episódios descartáveis. Calma que explico.
Se tem um momento que resume bem o que Death Parade foi pra mim, foi sem dúvida o episódio dois. Ideia legal mas a execução é mal desenvolvida. É exatamente isso. O plot é sensacional, assim como a construção daquele universo, como também o designer dos personagens (fora a aparência e a personalidade do Decim, que por alguma razão me lembra o personagem principal de Kuroshitsuji) porém, na hora de desenvolver a trama soa contraditória. Começando pela abertura, (sim, vou bater nessa tecla mais uma vez) que nada no mundo, NADA, justifica aquelas dancinhas. Como assim o Decim dança na abertura? Tudo bem que ele é um juiz, que assim como uma pessoa normal não fica séria o tempo todo, ele também tem seus momentos de descontração, MAS PORRA CARAI, é como se eu visse alguém apertar o bumbum dele, entende? E pra ajudar, dança com a mesma expressão no rosto que ele fica praticamente o anime inteiro. Como se não se importasse. Afinal, se ele é um juiz '' não humano'' então porque raios ele dança? Ele entende o que é ser gente? Ah, ops, esqueci que o final tenta distorcer isso, maaas ... peraa .. se ele entende o que é se sentir como um ser humano, então porque a mesma expressão na cara de ''foda-se mundo, to fazendo isso obrigado''? Ou aquilo foi no intuito de parecer engraçado? Não faz sentido um protagonista passar o anime todo com cara de bunda, e na abertura tentar ser supostamente engraçado. Não cara, definitivamente, não é assim que se conquista carisma. Se ele é um juiz sem sentimentos que passa a entender o que é ser gente, isso teria que ser demonstrado de forma mais nítida, e não de um jeito que pareça estar ''em cima do muro''. Me soa tão verdadeiro como uma nota de três. Mas a música não deixa de ser boa, então tábom né. Deixa pra lá. Tão tudo perdoado.
Mas voltando ao tópico anterior de que o episódio dois resume Death Parade, é aquilo que defendi desde o começo e que gostaria de frisar novamente; Sim, a ideia é legal mas a série deixa muitas brechas incompletas, e que não faz nenhuma coerência do porque daquilo estar ali. Por exemplo, os personagens secundários. Eles não fazem diferença nenhuma na história. Tanto existiriam, como não existiriam, é um gostinho de tanto faz. Tirando claro, a personagem Chiyuki que é inserida na história como se fosse à tijoladas, e dissesse ''olha, preta atenção nessa guria aqui, goste dela, porque ela tem um passado 'sinistrão' ''. Tipo isso. Mesmo assim, eu gosto da personalidade dela de forma não forçada. Sim, os vínculos de possível intimidade com o telespectador só é revelado no final, entretanto, é sempre ela que age com um pingo de ligação com quem assiste. Aí eu volto a reforçar o que disse antes, do porque o episódio dois representar o que significa Death Parade para mim. É ela quem traz as perguntas que eu gostaria de fazer para eles. Ela age como alguém normal agiria naquele ambiente. Chiyuki faz eu querer me enxergar nela, e entende-la. Tudo bem que em alguns momentos algumas cenas forçam demais a barra (como o momento em que sua história de vida é contado), mas não acho que isso estrague a relação final que foi construído. Ponto para Death Parade.
Não gosto do Decim, mas eu shippei bonito esses dois viu, mesmo sabendo que era impossível. Sim, SOU SAFADA E GOSTO DE ROMANCE PROIBIDO U.U |
Pra enfatizar, eu gostaria de dizer que eu não sei o que o autor desse anime quis passar no fim, qual foi a real intenção, mas posso dizer o que eu avaliei disso tudo. Primeiro que Death Parade não funciona como thriller - como o anime se auto propaga em alguns momentos - acredito que funciona mais como um mistério. Porque realmente, é um mistério tentar entender as nuances, como disse anteriormente o anime deixa muitas brechas. E estas, não podem ser fechadas com qualquer interpretação, até porque nenhuma delas me soa convincente. Death Parade representa pra mim o episódio dois e também um ponto de interrogação. As coisas não batem uma no outra. Acho que faltou química entre os personagens. Acho sim que esse anime teve uma boa animação, tanto nas cores escuras, e movimento de acontecimentos (como nos jogos) deveria ter sido mais bem explorado, abusando um pouco mais do sobrenatural, como no episódio 01 quando o cenário se transforma em cores e movimentos de uma forma linda (Pena que só foi no primeiro) mas foi bacana, assim como a trilha sonora, bem interessante.
Por mais que o anime tenha esses pontos negativos que citei, não acho que seja motivos suficientes pra que você não assista, caso ainda você não tenha feito. Sinceramente, foi uma experiência inusitada, e divertida de acompanhar. Existem episódios descartáveis, mas os episódios que conseguem alcançar uma linha de raciocínio convincente e plausível, se tornam alguns sofrimentos suportáveis. Vale a pena passar pela noite escura para encontrar um sol forte na manhã seguinte. Montanhas russas gostam de provocar sensações diversas, e isso é bacanudo. Por mais que algumas vivências não sejam a das melhores.
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