Tô sem ideia de legenda pra pôr aqui.
Deixando de lado continuações famosas como Shokugeki no Souma, Re: Zero, Jojo, e etc, nesse top apresento-lhes animes estreantes que fizeram minha cabeça nessa estação passada. Se sinta livre para comentar quais você assistiu, qual pretende, enfim, o seu top 05.
Agora vamos para a minha mini-listinha.
05 - Battery
Nunca uma abertura e encerramento foram cruciais na vida de um anime como foi no caso de Battery, isso porque eles eram o momento mais atrativo da série. Veja bem, se a animação tivesse mais as cores neutras e aquareladas como mostra na OP, com uma animação condizente com o mostrado, e trabalhasse mais o que aparece nesse minuto e meio de apresentação, com certeza, teríamos um anime mais impactante/memorável. Pra você ter uma ideia, a história gira em torno de Takumi Harada, um jovem que se muda para uma cidade da montanha na província de Okayama durante a férias de primavera, antes de ele entrar no ensino médio, devido à transferência do trabalho de seu pai. Takumi é um pitcher (arremessador no baseball), e, após se mudar para Okayama, ele perde a fé em seu próprio talento. Então, de repente, seu colega Kou Nagakura aparece diante dele. Kou tem um forte desejo de formar um "Battery" (a combinação de pitcher e catcher, ou seja, arremessador e receptor) com Takumi.
Antes de mais nada, é válido dizer que o problema não está na sinopse. Pelo contrário, ela soa cheia de possibilidades. Só que na prática, a conversa é outra. Sinto que os personagens não evoluem e nada está sendo dito. Não tenho nada contra narrativas lentas, mas essa foi ridiculamente demais - no mal sentido da palavra. Se você tiver insônia, pode ser que Battery seja uma boa recomendação pra assistir antes de deitar. Eu não li a obra original de Atsuko Asano, mas não é possível que um mangá tão elogiado tenha uma história tão fraca. A culpa pode ser do diretor Tomomi Mochizuki? Pode. Como também pode ser do roteirista Takako Shimura. Não sei dizer ao certo, só sei dizer que o bloco NoitaminA juntamente com o estúdio Zero-G caíram alguns degraus no meu conceito. Resumindo: esperava mais.
Ainda sim, Battery consegue ser mais legal do que alguns outros animes que andei dando uma sondada por aí. Então, fica aqui em quinto colocado.
04 - ReLIFE
Se você leu o que escrevi no blog sobre esse anime (se não viu, clica aqui), já deve saber que gostei muito da proposta da obra, e consequentemente, de sua execução. A história fala sobre amadurecimento, relações interpessoais, mercado de trabalho, inseguranças, e etc. Tudo que envolve a transição da adolescência até chegar na fase adulta, está bem abordado de maneira sutil, numa linguagem atual e universal.
Como eu disse no título daquela minha postagem; a crítica social salva o anime de ser mais do mesmo. Todas essas questões sociais tiram ReLIFE da listinha de animes sobre ''bolos e chás'' que infestam nossas temporadas com seus vazios criativos, e histórias sem nada pra dizer de relevante. A animação do estúdio TMS Entertainment é mediana, a trilha sonora não funciona como deveria, e o visual dos personagens, bem como a dos cenários, é bem simples. Porém, não se deixe enganar, é um anime que vale a pena assistir, por justamente ter uma história relativamente agradável, no sentido de não ser maçante ao abordar um tópico tão importante de ser analisado, pensado e discutido, seja pelos jovens ou adultos. É um assunto que diz respeito a todos. Mostrar isso de forma até que divertida, faz com o que está sendo dito soe compreensível e tragável.
Caso não saiba, ReLIFE é uma adaptação de mangá (super elogiado por sinal), e o anime teve ao todo 13 episódios. A trama segue a vida do Arata Kaizaki, um homem de 27 anos que está desempregado. Após ter se demitido do seu antigo emprego com apenas 3 messes de trabalho, Kaisaki se vê sobrevivendo em trabalhos de meio período, porém, constantemente precisa ficar ligando pra sua mãe pedindo mais dinheiro. Num dia qualquer, o destino de Kaizaki foi mudado ao encontrar o Ryo Yoake, ao receber uma proposta de emprego bastante inusitada. Ele terá que testar um remédio que lhe deixará 10 anos mais jovem, e voltar para a escola como estudante. Caso Kaizaki faça isso, ele terá todas as suas despesas pagas por essa empresa durante 1 ano, E dependendo do rumo das coisas, há possibilidade deles arranjaram um emprego fixo para ele.
03- Orange
Podem dizer o que quiser de Orange: que a animação é ruim, a trilha sonora é fraca, o pano de fundo da história possui falhas e etc, mas não podem negar sua relevância como um todo. E o anime não tira o brilho principal do material original. Como pra mim isso é o que conta mais no fim das contas no caso de Orange - pois é a maior qualidade da obra - está tudo bem o resto não corresponder como deveria.
Para ser mais clara, a série fala sobre arrependimento. Se o anime estragasse de alguma forma sua característica mais importante; seja engolindo algumas partes do mangá pra condensar melhor num único episódio, ou apresentasse uma animação bem escrota num momento super importante da obra, eu pegaria meus lencinhos umedecidos para limpar minhas lágrimas de desgosto, e não de emoção ao ver personagens tão reais ganhando vida. Sim, concordo que Orange merecia um cuidado especial, mas já que a situação financeira estava precária, nem tudo poderia ser perfeito tecnicamente.
Antes de mais nada, é certo contar um pedaço da sinopse para quem não sabe do que estou falando. É assim: Takamya Naho é uma jovem do colegial que recebe uma carta do seu eu do futuro (mas precisamente, em seus 26 anos de idade) , explicando tudo o que irá acontecer em seu dia. De início, ela fica um pouco assustada. Mas logo percebe a veracidade da carta. O que Naho não imaginava, seria no quão sério as revelações na carta se tornariam. Além de guiá-la em seus dia a dia para encontrar a felicidade nas pequenas decisões, Naho terá que prestar mais atenção em seu novo colega de classe, Naruse Kakeru.
Falando agora da história em si, Orange parece ser um romance bem bobinho, tanto pela sinopse que acabei de contar, como por grande parte do anime, que fica naquela lenga lenga dos personagens centrais não se comunicarem direito. Eu falei dos três primeiros episódios aqui no blog, e não vou comentar mais à fundo sobre a simplicidade da série, e nem em como me fascina o modo como Orange aborda algumas questões sérias no mangá por exemplo delicadamente. Só quero dizer o que meu lado fã me manda dizer nesse momento: Esse anime tinha todas as condições para ser o anime do ano, mas não rolou. O que é uma pena. Mas pense pelo lado bom, o mangá sempre vai estar aí disponível para vocês. Concordo como muitos dizem que o anime apenas serviu para abrir os olhos para algumas inconsistências que existe na obra original. Ainda sim, ele tem o seu charme e sua relevância de qualquer forma.
02 - 91 Days
Nem sei por onde começar, bem .. vamos lá. Essa era a minha maior aposta da temporada. 91 Days conta a história do garoto Angelo, que viu seus pais sendo assassinados juntos com sua irmã, por causa que seu pai é envolvido em máfia. Porém, tudo não é tão clichê como parece. Angelo escapa por pouco dos assassinos que também o perseguiam, fugindo para a floresta, até conseguir chegar na casa de seu amigo Colteo. No entanto, ele foge no meio da noite, porque sabe que sua estadia ali causa enorme perigo para todos.
Sete anos depois ele reaparece na casa do seu amigo Colteo, usando o nome Avilo, porque ele recebeu de algum modo do assassino de seus pais uma foto da sua irmã, atraindo assim ele novamente para a cidade Lawless. Dessa maneira, ele re-estabelece a amizade com o seu amigo, e o convence a vender sua bebida independente para um bar ali perto. Nisso, vemos um tiroteio lindo e o Angelo e Colteo acaba se aproximando mais no meio daquela confusão de dois rapazes.
Para mim, 91 Days funciona perfeitamente na safra de animes '' e agora, o que vai acontecer?''. Só. De resto, ele é um anime muito distante. Sim, é verdade que ele trabalha bem a máfia ali, com suas referências a Poderoso Chefão e tudo mais, porém, falta mais sentimento. Pra uma história que tem um pano de fundo tão dramático, chega ser meio decepcionante não poder sentir a angustia do protagonista na pele, mais ainda: nem ao menos simpatizar com suas atitudes, muitas vezes egoístas. Portanto, é uma obra muito amarga no fim das contas. O fato de ser um anime sobre máfia não justifica em nada, o vazio sentimental contido nas situações. Eu não gosto dessa abordagem crua demais, fica uma coisa sem emoção. Acabo não me importando com o que está acontecendo. Torna tudo sem graça. Por isso, eu simplesmente não me importei com nada lá. Eu só vi até o fim, porque a curiosidade era o que me motivava. O potencial sempre esteve presente na série, mesmo sendo tão apática. Logo, eu quis ver até onde o anime poderia chegar.
Por outro lado, sabendo que 91 Days é uma animação original do estúdio Shuka, é extremamente louvável a consistência da história. A obra passa uma confiança incrível em não deixar pontas soltas, ou coisas sem sentido nos episódios. Tudo é muito bem amarrado, conciso, direto. Por mais que falte um pouco mais de alma no negócio, não se pode negar que 91 Days foi bem escrito, planejado, e feito. Gostei muito dos pequenos plot twists, do clima ''hollywoodiano'', da qualidade técnica da animação, e principalmente, do cuidado em que teve em honrar o tema proposto.
Fiz texto de primeiras impressões aqui no blog, caso lhe interesse, clica aqui.
01 - Mob Psycho 100
E aqui está o óbvio. Esse primeiro lugar tinha que ser de Mob Psycho 100, não teve jeito. Indiscutivelmente, o melhor da temporada. Sem deixar nada à desejar, esse anime trouxe o combo que tanto ansiamos: história, animação, direção, trilha sonora, dublagem e tudo mais que envolve a qualidade técnica, em altíssimo nível. Adaptação do mangá do mesmo autor de One Punch Man, MP100 poderia ter se tornado um fiasco, se não tivesse uma direção boa e uma animação condizente. Já pensou se MP100 fosse do estúdio de Orange? Pois é, a arte tão expressiva se tornaria tosca, sendo assim motivo de deboche por todos nós. Uma das maiores qualidades da obra seria então o pior defeito. Mas graças ao bom estúdio Bones, esse pesadelo esteve distante. Agora, já imaginou também se tivesse o mesmo diretor de 91 Days? Sim, a história seria mais sem sal que comida de hospital. Mas graças ao Yuzuru Tachikawa e sua produção, tivemos uma surpresa cada vez mais positiva nesse questão. E por último, mentalize aí na sua cabeça, como seria se esse MP100 tivesse a trilha sonora de ReLife? É, eu também nem quero imaginar. Ainda bem que o Kenji Kawai não nos deixou em maus lençóis. Dito isso, esse anime merece muito estar em primeiro lugar por justamente não desapontar em nenhuma área, fazendo assim de Mob Psycho 100, um anime completo.
A história da obra, por sua vez, também não podia ficar de fora. Esse anime vai mostrar então a vida de Shigeo Kageyama, mais conhecido como Mob. Sim, é aquele garoto parecido com o Saitama de OPM (visualmente dá a sensação de apenas ter vestido um uniforme escolar e colocado uma peruca). Mob é um adolescente introvertido que gostaria de ter uma vida normal como qualquer outro garoto da sua idade. Só que ele não consegue se encaixar em nenhum grupo social, e para ajudar, seus poderes psíquicos gradativamente vão se tornando uma ameaça, a ponto de explodir. O legal de MP100 é que ele vai conhecer o charlatão Arataka Reigen, dono de uma agência que cuida de casos paranormais. O que de inicio não soava muito bem - já que parecia só mais um meio de escape para trabalhar o humor - a relação dos dois mostra um porquê muito mais profundo e significativo para a trama, deixando assim, o anime com uma cara mais séria na medida do possível. É divertido o modo como se relacionam, no entanto, é mais legal ainda saber que existe uma camada forte por trás que os une, que vai além do cômico. E MP100 vai mostrar isso aos poucos, e concluirá bem esse relacionamento dos dois no final brilhantemente.
Como eu disse no post de primeiras impressões da série, MP100 é muito estiloso. Só por esse fato, ele merecia a atenção das pessoas, por justamente se diferenciar da manada. Claro que, não temos um anime inovador, pelo contrário, é o retrô de cara nova, e isso deveria ser mais valorizado em minha opinião. Gosto de quem joga os dados e não tem medo de arriscar formulas velhas de um ângulo diferente, e esse anime faz isso, começando pelo plot até o designer. Enfim, fica aqui minha recomendação máxima pra quem ainda não viu, vale muito a pena!
*Bônus
Amaama to Inazuma
Antes de terminar, gostaria de tecer umas palavrinhas pra esse anime que mal conhecia e ''já considerava pakas'' ♥ . Essa é uma obra sobre o nada. Ele até tem um plotzinho, mas não tem nada de relevante de fato. Amaama to Inazuma é um slice of life que não dá sono. Como um todo, é fraco (históriamente falando), mas dentro da proposta é excelente. Se trata de um anime carismático, com personagens amáveis, com um pano de fundo emocionalmente forte. A história vai contar então, a vida do professor Kouhei Inuzuka, que cuida de sua filha pequena. Desde a morte de sua esposa, ele compra alimentos industrializados para sua filha, porém tudo muda quando ele conhece uma jovem, filha de uma dona de restaurante, que irá proporcionar junto com com eles, momentos divertidos ao preparar uma refeição.
O anime tem 12 episódios de puro encanto. Pra quem procura uma história leve, essa pode ser uma boa pedida.
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