sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Review de Shin-Chan, o Garoto Capeta


  Hoje estaremos resenhando o grande monstrinho em forma de criança. Obrigatório para quem gosta de um humor bem escrachado, e uma arte anormal!



 Acompanhe a vida da família Nohara, uma família típica japonesa. Um pai trabalhador, uma mãe que cuida de sua casa e filho, sem esquecer do cachorrinho. Mais quando entramos na residência descobrimos que nada é tão normal quanto aparenta. O pai trabalhador não passa de um beberrão que adora um rabo-de-saia, a mãe do garoto é estérica, e ele o Shin-Chan é um capeta em forma de guri.

  • Publicação no Japão: Futabasha
  • Publicação no Brasil: Panini
  • Exibição no Japão: TV Asahi
  • Exibição no Brasil: Animax
  • Volumes: 49
  • Autor: Yoshito Usui

  Engana-se quem pensa que Shin-Chan é direcionado para criancinhas, alias é bem provável que alguém tenha esse tipo de pensamento afinal de contas os traços do mangá é muito infantilizado. Porém ele consegue chamar a atenção de todo tipo de público e de muitas formas: pelo humor, pela arte ou até mesmo pelas situações desagradáveis que Shin-Chan coloca quem tiver em sua volta.
  Como uma boa Sitcom, Crayon Shin-Chan não tem um objetivo. Não há regras (a zoeira não há limite,lol). Trata-se de uma comédia de situação, onde sátiras muitas vezes exageradas é escrachada do começo ao fim. São pessoas normais tentando lidar com um capeta em forma de guri, com situações desconfortantes. A grande parte da história é centrada nos conflitos entre Shin-Chan e sua mãe. As vezes chega até ser cansativo, pois sempre que sua mãe decide fazer algo, ou tenta mudar alguma coisa nela que desagrade, o garoto surge como um raio e estraga absolutamente tudo. Acredito que esta foi a intenção do autor, deixa os acontecimentos bem cansativo de ver, para que quem lê se sinta irritado também. Eu acho fantástico mangás/animês que passam isso para público, sentir aquilo que os personagens ali sentem (neste caso eu senti uma vontade imensa de dar uma surra no Shin-Chan).
  As vítimas do garoto não ficam o tempo inteiro direcionado a sua família, há também capítulos em que Shin-Chan interage com adultos aleatórios fazendo-os perderem a cabeça. Ele é aquela criança que diz tudo o que pensa, não se importando com consequências muito pelo contrário, ele ainda continua com suas travessuras e arrancando de nós muitas gargalhadas.


  Tem diversos momentos que eu cheguei a pensar que ele ia tomar jeito, mais Shin-Chan sempre surpreende com outra palhaçada. Eu poderia dizer que Shin-Chan se supera em cada pequeno capítulo. Cada vez mais ele consegue ser mais irritante. Estou dizendo ''irritante'' mais não no sentido ruim da palavra mais no sentido bom. Sim, existe o sentido bom. É aquele tipo de irritante que tem como consequência ser engraçado, cômico. Isso chega ser agradável de ver, pois eu quero continuar vendo a reação das pessoas com as loucuras do garoto. Acredito que o mangá se centra nesse contexto, a de ver a reação das pessoas, já que a história não se prende a nada, mais sim em situações normais do cotidiano com aquela pitada de malvadeza.
  Como toda criança japonesa, Shin-Chan frequenta sua escolinha, (para o desespero dos seus colegas, diretor e professora). Nessa roda de amizades temos o medroso Masato (Max), a garotinha fofa Nene (Nini), o super gênio e sempre atormentado Kazama (Cosmo) e o estranho Bo (o nome no original é o mesmo). Também há outros personagens irresolutos que são vítimas do garoto. A mãe de Nene por exemplo tenta apresentar ser uma mulher controlada, mais perde o rebolado facilmente quando o menino começa com comentários indiscretos sobre os problemas da moça como seu intestino. Também tem a vendedora de livros infantis, que se acha capaz de vender para qualquer tipo de pessoa, e ainda se desafia a vender para o Shinnosuke, mesmo tendo conseguido que fosse expulsa do bairro com boatos de que ela seria um travesti.


 No japão Crayon Shin-Chan é considerado o ''Bart Simpson'', os pais odeiam que seus filhos assistam pois consideram ele um mal exemplo. A grande maioria das piadas de Shin-Chan beiram a pornografia ou até mesmo escatologia. E não é só no Japão que o garoto deu o que falar, as confusões já chegaram no Brasil, passando pela Fox Kids e também pelo Animax. O mangá foi publicado em 1990 até o começo de 2010, totalizando 49 volumes. Foi encerrado devido a morte do autor em setembro de 2009. Já o animê começou em 1992 exibido na TV Tokyo junto com series como One Piece e Detective Conan, até hoje mesmo com o término do mangá. É considerada uma das series de animação mais longas, e constantemente é um dos mais vistos no Japão. 


 O ''Crayon'' (Giz de Cera) do título japonês do mangá é por causa do traço do autor Yoshito Usui. Ele consegue produzir um mangá oposto de tudo aquilo que vemos pois não é sempre que mangakás usam esse tipo de traço para os seus desenhos. Mangás normalmente sempre são muito detalhados, cenários muito precisos e histórias muitas vezes concretas. Porém Yoshito Usui optou por um mangá mais simples, como se fosse uma criança desenhando. Qualquer um que começa a olhar pra arte deste mangá percebe os traços tremidos e disformes. Contorcido, e simplório.
  Por causa de ter uma arte bem diferente do comum, Shin-Chan consegue chamar a atenção, por ser a distorção daquilo que chamamos de mangás. Mesmo tendo essa diferença dos demais, ele com toda certeza consegue preencher as lacunas de um bom mangá contendo essa anormalidade. Tenho certeza absoluta que quando aquele Otakão conhecer de fato Shin-Chan vai de deslocar todos os possíveis preconceitos que tinha com a série. Eu por exemplo, quando vi pela primeira vez eu logo pensei " Nossa que horrível'', no entanto quando eu dei uma segunda chance pro mangá eu mudei totalmente de conceito. Passei a entender de forma muita clara que Shin-Chan é uma obra prima seja em qualquer termo da palavra.


 Semelhante ao típico Os Simpsons, com aquele humor negro leve mais nada muito extremamente exagerado ou de mal gosto. A arte lembra South Park, os acontecimentos desconfortantes é um pouco semelhante a Dr. Slump. Todavia, Shin-Chan possui algo único, e você só vai saber se conhecer.
  Não importa se lendo o mangá ou assistindo ao animê, tenho certeza que será diversão garantida. Indispensável para amantes do gênero, e também para aqueles que não tem preconceito com esse tipo de série. Tente interpretá-lo da melhor forma possível e não o encare por algo infantil. Tenha a mente aberta, pois isso faz uma total diferença!

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